segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Memórias (muito) mal passadas.



   
Era estranho como eu não conseguia entender o que queria em certos momentos. Nem sabia se queria. Era um mistura de ansiedade pelo dia de amanhã com um medo profundo. Era patético. Eu ficava olhando as estrelas e pensando se você, lá na sua casa, não estaria fazendo o mesmo. É idiota dito agora, desse jeito. Mas coração apaixonado se torna bobo. Não. Bobo não. Otário definiria melhor. Saíriamos no dia de amanhã, acabaríamos com a saudade. Beberíamos e falaríamos das nossas semanas. E no final seria a mesma coisa. Tudo o que não deveríamos fazer. E eu voltaria para casa naquela indecisão, sem saber se seus beijos eram de amor ou atração. Sem saber por quê você insistia em me torturar. Tortura era olhar para sua mão e ver que nela existia uma aliança de compromisso. E tortuta ainda maior era olhar para a minha mão e ver que o par dela não estava ali. Mas então chegou o dia em que toda essa canalhice teve fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário